Jonh Huss nasceu por volta do ano 1370, quando a Reforma Protestante ainda não havia acontecido e a Inquisição romanista estava a pleno vapor. A Boêmia éuma região da Europa Central ocupada hoje pela República Tcheca.
Em 1400, com cerca de 30 anos, Huss foi ordenado sacerdote. Desde o início de seu ministério, quando assuiu o púlpito da Capela de Belém, em Praga, tornou-se um incômodo e um obstáculo paara muitos de seu colegas, pois pregava constantemente contra os privilégios do clero e defendia a necessidade urgente de uma reforma religiosa. Eloquênte pregador, Huss exerceu rapidamente forte influência sobre o povo. Os nobres também foram influenciados. Claro que alguns destes simpatizaram com seu discurso apenas pelo o interesse que tinham de limitar o poder da Igreja Católica Romana, mas uotros nobres o seguiram por convicção. Para se ter uma idéia do poder romanista na Europa, e especialmente naquela região, estima-se que, na época, metade do território nacional boêmio pertencia á Igreja Católica Romana, enquanto a coroa detinha só a sexta parte do território.
Com fervor espiritual, Huss foi mais além. Traduziu, pela primeira vez, o Novo Testamento para a língua boêmia. O seu povo começou a ler a Bíblia, a qual tinha acesso, e a perceber os erros de Roma.
É importante dizer que Jonh Huss não fora sempre assim. No início de sua vida, era alinhado a Roma, apesar de, ao ler a Bíblia em latim, começar a descordar de alguns pontos defendidos pelo romanismo por não encontrar base bíblica para eles. Com o passar do tempo,suas convicções do distanciamento de Roma em relação à Palavra de Deus só cresceram. E sabendo que na Inglaterra já havia algum tempo que os chamados lolardos - seguidores do reformador inglês John Wycliff(1329-1384) - tinham convicções semelhantes, entrou em contato com a obra do reformador inglês e encontrou ainda mais argumentos bíblicos contra o romanismo. Isso fez com que Huss enfatizasse cada vez mais em sua mensagem a autoridade da Bíblia acima das tradições romanistas.
Não demorou muito para Roma intervir, empedindo Huss de pregar. O arcebispo local encarregou-se disso, mas o profeta da Boêmia não esmoreceu. Continuou pregando e, por isso, foi excomungado em 1411. Porém, algo pior ainda esperava Huss. O papa entrou em guerra contra o rei de Nápoles e, para financiar o conflito, decidiu vender indulgências. Ou seja, ofereceu remissão de pecados mediante pagamento à igreja de determinada quantia em dinheiro. Em poucos dias, os vendedores chegaram à Boêmia, tentando usar todo tipo de método para persuadir as pessoas. Indignado, John Huss pregou contra a venda. Em seu protesto, afirmou, citando a Bíblia, que só Deus poderia conceder perdão aos homens e ninguém jamais poderia vender algo que procede somente de Deus. Seu discurso foi tão poderoso que movimentou todo o país contra a venda de indulgências. Roma, então, declarou pela segunda vez que Huss fora excomungado e começou a persegui-lo a fim de matá-lo.
A pedido do imperador, Huss mudou-se para Praga, partindo para o sul da Boêmia, onde permaneceu até que, em 1414, foi convidado à participar do Concílio da Igreja Católica Romana em Constança, na Alemanha. O evento prometia abrir espaço para que Huss espusesse seu caso, então ele aceitou comparecer. Chegando alí foi convidado pelo papa à uma assembléia composta apenas de cardeais. Nela, foi acusado formalmente de heresia sem espaço para se defender, e levado em seguida para a prisão.
Em Junho de 1915, John Huss foi julgado. Em nenhum momento foi-lhe permitido defender-se. Só exigiram que se retratasse, mas Huss recusou-se e foi condenado à fogueira. No dia 6 de Julho, foi levado até a Catedral de Constança, onde foi forçado a ouvir um sermão sobre "A teimosia dos hereges". Em seguida, teve seus cabelos cortados, uma cruz foi desenhada em sua cabeça e recebeu uma coroa de papel decorada com desenhos de diabinhos. Mais uma vez, exigiram que Huss se retratasse, mas afirmou: "Estou preparado para morrer na verdade do Evangelho que ensinei e servi". Huss morreu cantando Salmos e profetizando: "Vocês hoje queimam o ganso(Huss, na lingua Boêmia, siguinifica ganso), mas daqui a cem anos Deus levantará um cisne o qual não podereis queimar". Detalhe: 102 anos depois, em 1517, Lutero iniciou oficialmente a Reforma Protestante.
Ousa alguém chamar esse monstro que condenou à fogueira o profeta da Boêmia, de "sucessor" do apóstolo Pedro?
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
São testemunhos como Jonh Huss que nos encorajam a proclamar o evangelho com mais ousadia.
Jonh Huss foi apenas mais uma vitima da ''grande babilônia''. esta igreja do diabo já se embriagou do sangue dos justo e e no tempo certo provará da ira de Deus.
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